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CASOS CLÍNICOS

Confira exemplos dos trabalhos desenvolvidos pela MediLaudo

Identificação: Mulher de 75 anos

Quadro Clínico: Aneurisma de aorta abdominal- controle.

Mulher de 75 anos

Diagnóstico:

Ateromatose aortoilíaca.

Lúmen central contrastante de até 28 x 24 mm.

Extensão estimada de 140 mm.

Colo proximal a cerca de 20-30 mm da artéria renal direita. 
Ligeira lobulação parietal anterior central do aneurisma de 15 mm de extensão, e espessura de 2-3 mm, que pode representar área mais sujeita a fragilidade/rotura. 

No momento sem sinais de rotura. 

O aneurisma é definido como uma dilatação focal e permanente de no mínimo 50% do diâmetro normal do vaso. A aneurisma de aorta abdominal (AAA) é o local de acometimento mais comum dos aneurismas e são assim classificados nesta localização quando a dilatação for igual ou superior a 3 cm.

A prevalência do AAA aumenta com a idade ( aproximadamente 10% dos pacientes acima de 65 anos tem AAA), é mais comum em homens 4:1.

Associam-se a aneurismas em outros sítios, como artéria ilíaca, poplítea ou  intracraniana.

Aneurismas falsos de aorta abdominal podem ocorrem, sendo menos comuns, usualmente devido a lesões traumáticas ou infecção.

AAA são usualmente assintomáticos até quando expandem ou rompem. A expansão do aneurisma pode causar dor súbita e intensa em região lombar, flanco, abdominal ou em região inguinal. Pode apresentar-se com síncope.

A maioria dos aneurismas clinicamente significativos são  palpáveis no exame físico de rotina.

 A presença de massa pulsátil palpável é diagnóstica, porém somente observada em poucos casos.

Pacientes com rotura do AAA podem apresentar-se clinicamente com choque, evidenciado por cianose mosqueada, alteração do estado mental, taquicardia e hipotensão. Enquanto o início abrupto da dor devido à rotura de uma aneurisma de AAA pode se apresentar de forma bastante dramática, os achados físicos associados podem ser sutis.Os pacientes podem apresentar-se com sinais vitais normais em vigência da rotura AAA , como consequência do hematoma retroperitoneal.

A tomografia computadorizada CT e angiotomografia  CTA são as modalidades de imagem  de escolha para definição e planejamento do reparo aberto ou endovascular do AAA. A Angiografia por tomografia (CTA) é considerada gold standard , mas expõe o paciente a doses elevadas de radiação. É excelente para planejamento pré-operatório delineando com precisão o tamanho ,a forma do AAA e suas relações com artérias e bifurcação aórtica.  Sinais de rotura franca incluem hematoma retroperitoneal, encalhe de gordura paraortica e extravasamento de contraste da aorta para o retroperitônio.

Dentre as complicações observamos mortalidade 70% antes da hospitalização ou cirurgia, quando submetidos a reparo cirúrgico a mortalidade é de 40%. Para comparação a mortalidade após o reparo cirúrgico eletivo de 4-6%.

https://emedicine.medscape.com/article/1979501-overview

CBR Vol. 54 nº 1 - Jan. / Fev.  of 2021

radiopaedia.org/articles/abdominal-aortic-aneurysm