Pacientes com aneurismas intracranianos podem apresentar-se com hemorragia subaracnóidea ou com aneurismas não rotos, que podem ser achados incidentais.
A ruptura do aneurisma cerebral pode ser fatal em aproximadamente 50% dos casos. Dos que sobrevivem cerca de 66% podem ter déficit neurológico permanente.
Cerca de 15% dos casos de aneurisma rotos morrem antes de chegar ao hospital.
Os aneurismas são pequenos quando menores que 10 mm, grandes quando 10-25 mm e gigantes quando maiores que 25 mm.
Estima-se que 50-80% de todos os aneurismas não se rompem.
A patogênese dos aneurismas cerebrais está relacionada a aberrações estruturais da vasculatura cerebrovascular, ainda não completamente elucidada.
A integridade da lâmina interna elástica fica comprometida, com defeitos elásticos associados nas camadas adjacentes da túnica média e da adventícia. Defeitos musculares da túnica média, associados ao suporte mínimo do parênquima cerebral adjacente, aumentam o potencial patológico do estresse hemodinâmico crônico da parede arterial. Turbulências focais e descontinuidade da arquitetura dos vasos nas bifurcações podem somarem -se a estas alterações estruturais e promoverem a formação de aneurismas saculares nestas localizações. Aneurismas distais podem ser menores comparados aos aneurismas proximais, no entanto, o risco de ruptura pode ser diferente devido à espessura da parede da artéria, relativamente mais fina nos trajetos distais.
Os aneurismas cerebrais afetam igualmente homens e mulheres com menos de 40 anos, embora as mulheres sejam afetadas com maior frequência em grupos de idade mais avançada. Em geral a proporção de mulheres para homens foi estimada em 1,6 :1,0.
A presença de múltiplos aneurismas representam um risco ainda maior que a presença de um único aneurisma, visto que observa-se associação com alta mortalidade em pacientes com múltiplos aneurismas.
Múltiplos aneurismas intracranianos são descobertos em 15-35% dos pacientes com aneurismas que apresentaram hemorragia subaracnóidea.
A correlação idade e sexo feminino na incidência de hemorragia subaracnóidea em pacientes com múltiplos aneurismas permanece controversa, porque poucos estudos têm feito análise comparativa entre pacientes com hemorragia subaracnóidea com um único aneurisma, e aqueles com múltiplos aneurismas. Se o prognóstico de pacientes com hemorragia subaracnóidea com múltiplos aneurismas é menos favorável que paciente com único aneurisma , ainda não foi completamente estabelecido.
O aneurisma da artéria comunicante anterior em pacientes com múltiplos aneurismas é mais sujeito a hemorragia do que os aneurismas em outros locais.
Seja único ou múltiplos aneurismas, as mulheres com idade maior que 50 anos têm significativamente maior risco de hemorragia subaracnóidea. O sexo feminino por si só também está associado a um aumento da incidência de aneurismas múltiplos. Em caso de aneurisma múltiplo, aquele situado na artéria comunicante anterior é mais predisposto a hemorragias.