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CASOS CLÍNICOS

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Identificação: Abscesso PSOAS

Quadro Clínico: Doença ateromatosa dos ramos da aorta abdominal.

Abscesso PSOAS

Diagnóstico:

Abscesso PSOAS

O compartimento iliopsas consiste dos músculos psoas maior, psoas menor e ilíaco.

O músculo ilíaco tem origem na asa do osso de mesmo nome. O psoas maior se origina no processo transverso de T12 e se une ao ilíaco ao nível de L5-S2, formando o músculo iliopsoas. Este se insere no trocânter menor do fêmur. O psoas menor localiza-se anteriormente ao psoas maior. Tem origem nos corpos vertebrais de T12-L1, inserindo-se na eminência iliopectínea. Todos estão envolvidos pela fáscia iliopsoas.

O espectro de sintomas dos pacientes com comprometimento do compartimento iliopsoas é amplo e inespecífico, retardando bastante o diagnóstico em boa parte dos casos.

O abscesso do músculo psoas e as coleções de fluidos são localizadas no espaço retro-fascial ao invés do espaço retroperitoneal, porque os músculos  psoas está localizado no compartimento iliopsoas posterior à fascia transversal que é o limite posterior do retroperitônio.

O abcesso do músculo psoas pode ser classificado como primário ou secundário dependendo da presença ou não de doença de base.

Na forma primária o abscesso ocorre provavelmente como resultado de disseminação hematogênica de foco infeccioso de origem oculta no corpo. Pode ocorrem em pacientes com diabetes mellitus, uso de drogas endovenosas, síndrome de imunodeficiência adquirida, falência renal e imunodepressão.

O acometimento secundário do iliopsoas é muito mais freqüente e geralmente decorre da disseminação de processos infecciosos com origem renal (abscessos perinefréticos), óssea (osteomielite e tuberculose) e em alças intestinais (apendicite, diverticulite, doença de Crohn, carcinoma de cólon perfurado.

Na tomografia computadorizada (TC)de abdome na investigação dos abscessos piogênicos apresentam-se como lesões de baixa atenuação, sendo este o sinal mais freqüente, porém não-específico, pois pode ser encontrado também em neoplasias com importante necrose e hematomas crônicos . Embora o achado de bolhas de gás seja bastante específico deste tipo de lesão, está presente apenas em cerca de 50% dos casos. Nestes casos, a TC é o método mais sensível para detectar a presença de gás na lesão. A densificação dos planos adiposos adjacentes e o grau variado de destruição óssea podem ser vistos em alguns casos.

https://radiopaedia.org/articles/psoas-muscle-abscess

 https://doi.org/10.1590/S0100-39842007000400013