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CASOS CLÍNICOS

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Identificação: Apendicite Aguda em Idoso

Quadro Clínico: Diabético, dor abdominal difusa mais localizada em fossa ilíaca direita há 10 dias.

Apendicite Aguda em Idoso

Diagnóstico:

Ao exame: abdômen flácido sem sinais de irritação peritoneal.

Tomografia de abdome total sem contraste mostra apêndice cecal de dimensões aumentadas associado à densificação dos planos adiposos adjacentes, sem coleções bem definidas ou focos gasosos fora de alça, compatível com apendicite aguda.

Apendicite aguda é a condição patológica cirúrgica mais comum , com risco de vida em torno de 7-8%. 

Observa-se redução da incidência da apendicite aguda depois da adolescência, e em pacientes idosos acima de 50 anos ocorre em cerca de 15%.

A incidência de apendicite aguda em idosos tem aumentado devido ao aumento da longevidade.

Os sintomas que mais comumente se associam à  apendicite aguda em idosos são: dor abdominal no andar inferior, anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal instável, dor em fossa ilíaca direita, e febre.  Pacientes nesta faixa etária podem não apresentar sinais clínicos indicativos de apendicite aguda, mas podem apresentar sinais de peritonite como distensão abdominal, redução do peristaltismo, sensibilidade abdominal difusa ou localizada.

Com o avanço da idade a habilidade de sentir dor reduz, decorrente da perda da inervação aferente espinal.

Devido à temperatura basal mais baixa nesta faixa etária, resposta termorreguladora diminuída e anormalidades na produção e resposta a agentes pirogênios endógenos, aproximadamente 20-30% da população idosa com infecção aguda terá uma resposta febril menor ou ausente.

Em pacientes diabéticos, a associação do quadro clínico impreciso e as complicações de apendicite aguda, como perfuração, podem permanecer não suspeitas devido a presença de neuropatia autonômica gastrointestinal, alteração do processamento central de estímulos viscerais e aumento do limiar sensorial à dor. Além disso, existem as comorbidades, tais como doença microvascular e isquemia visceral, que contribuem para que as manifestações apareçam tardiamente.

Na investigação de dor abdominal aguda em idosos a apendicite aguda corresponde a aproximadamente 3 a 5% dos casos, e todos pacientes requerem a investigação por tomografia computadorizada.

A indicação de tomografia computadorizada no quadro de dor abdominal em idosos se deve ao amplo espectro de condições patológicas que podem ser implicadas, pois pode influenciar o plano de tratamento em até 65% dos pacientes com achados positivos.

Não há dados sobre sensibilidade e especificidade de métodos diagnósticos  exclusivamente para esta faixa etária, mais em estudo meta analítico em população adulta os métodos  imaginológicos  ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética se mostraram comparáveis e precisos.

Geriatrics 2021doi: 10.3390/geriatrics6030093

European Journal of Medical Case Reports

© EJMCR. https://www.ejmcr.com/ Reprints and permissions: https://www.discoverpublish.com/ https://doi.org/10.24911/ejmcr/2/1