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13 May 2021

Uso do Tabaco e a Neurogenese

A maioria das lesões dos nervos periféricos ocorrem na extremidade superior secundário a trauma, mais frequentemente em adultos jovens e militares. A lesão neural severa requer reparo cirúrgico e alguns fatores podem afetar a capacidade de regeneração nervosa.  Após o reparo alguns fatores tais como idade, alcoolismo, diabetes mellitus, dimensões da falha neural, neuroma, escaras podem impedir  a cura completa.

Evidencias atuais demonstram que o sistema imune contribui para regeneração tissular como por exemplo do coração, fígado, musculo esquelético e sistema nervoso central e periférico por recrutamento celular e modulação de células progenitoras através de citocinas, fatores de crescimento e eliminação de detritos.

A fumaça do cigarro contem aproximadamente 7.000 compostos, dos quais 250 são absorvidos pela corrente sanguínea. Estes por sua vez causam imuno-modulação, alentecimento da divisão celular, danos ao DNA e hipóxia crônica do tecido por meio da formação do monóxido de carbono, vaso-contrição e aterosclerose. Clinicamente fumantes de tabaco demonstram retardo na cicatrização óssea e das feridas e aumento da morbi-mortalidade.

O objetivo do trabalho é propor ligações entre as vias aceitas de cura e nervos periféricos com os efeitos moleculares conhecido do tabagismo para postular uma base para a desregulação molecular na regeneração de nervos periféricos entre fumantes.

As alterações relacionadas a exposição à fumaça do cigarro sugerem retardo na cura após lesões nos nervos periféricos dos pacientes fumantes, entretanto estes processos moleculares e celulares não foram estudados em humanos. Recomenda-se a cessação do tabagismo para o intuito de mitigar os riscos e complicações após lesão do nervo periférico.

 

https://doi.org/10.1016/j.jor.2020.03.026