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30 Jul 2021

Esclerose Múltipla na era COVID -19

A Esclerose Múltipla ( MS) é uma doença neurodegenerativa inflamatória e desmielinizante do sistema nervoso central que causa significantes e irreversíveis incapacidades neurológicas. Estima-se que cerca de 2,8 milhões de pessoas vivem com MS em todo o mundo. Embora a etiologia da MS seja desconhecida, fatores ambientais, genéticos epigenéticos ( que é o estudo das alterações na função genética, que são hereditárias, e que não são atribuídas a alterações na sequência de DNA), que contribuem com a imunopatogênese da MS.

A incidência de COVID-19 na população com MS varia entre 1 a 11%, incluindo casos suspeitos não confirmados.

Pacientes com MS tem risco aumentado de adquirir certos tipos de infecções, incluindo do trato respiratório e outras infecções bacterianas e ou virais. Nos casos onde há a associação com terapia imunossupressora ( DMTs), que reduz  ou altera o sistema imune, têm  associação com aumento do risco de infecção do trato respiratório superior, urinário, e outras infecções. Isso é relevante para pacientes com MS, porque as infecções bacterianas e virais mostraram estar associadas a novos ou agravamento dos sintomas de base da MS na forma de recaídas ou pseudo-recaídas.

Uma análise dos dados em pessoas com MS com pacientes com suspeita ou confirmação de acometimento por COVID-19, descobriu-se que o tratamento com ocrelizumabe ou rituximabe foi associado a um risco significantemente aumentado de hospitalização e admissão à unidade de terapia intensiva em comparação com outros pacientes com MS em uso de outros imunossupressores.

Várias vacinas contra a COVID 19 estão em desenvolvimento, e muitas delas tem como alvo a proteína spike do SARS-CoV-2, uma proteína expressa na superfície do vírus que facilita a entrada nas células hospedeiras, com o objetivo de gerar importantes respostas humorais e de células T. Esta proteína se liga a um receptor na superfície da célula hospedeira e, em seguida faz com que o vírus e as membranas da célula hospedeira se fundam.

As infecções podem estar associadas a um risco aumentado de recidivas ou pseudo-recidivas em pessoas em MS. Nos casos em que há a utilização de drogas imunusupressoras (DMTs), que alteram vários componentes da resposta imune, podem também reduzir a resposta à vacina.

Os dados da eficácia da vacinação nessa população com DMTs ainda são   escassos, levando a uma grande variabilidade de orientações e diretrizes da vacina em nível local, nacional e internacional.

 doi: 10.1007/s12325-021-01761-3