CO-INFECÇÃO DE TUBERCULOSE E COVID-19

A WHO ( World Health Organization) estima que em 2019 contabilizou-se  10 milhões de casos de tuberculose com 1,6 milhões de mortes em todo o mundo. O pulmão é o local mais frequentemente comprometido pela tuberculose, mas qualquer órgão pode  ser afetado.

A infecção por COVID-19 apresenta diversas características clínicas desde casos assintomáticos até  estados severos, com desregulação da resposta imune. Assim como ocorre na tuberculose, o pulmão é a localização mais frequente de comprometimento pelo COVID-19 , e na minoria dos casos, pode levar à rápida deterioração respiratória e morte.

Evidências atuais sobre coinfecção TB( tuberculose)-COVID-19 sugerem que a COVID- 19 pode ocorrer independente da TB seja antes, durante ou depois da doença tuberculosa. Contudo se a concomitância de COVID-19 pode reativar ou piorar a tuberculose já existente, necessita ser elucidada.

As principais determinantes de mortalidade por COVID-19 são idade, comorbidades, co-infecção por  HIV ( vírus da imunodeficiência humana) e pobreza, e todos impactam também na mortalidade por tuberculose. Recentemente a tuberculose tem sido associada à alta mortalidade em pacientes com COVID-19.

A concomitância entre resposta específica de tuberculose e SARS-CoV2 ainda não foi  completamente elucidada.  Recentemente têm sido relatadas similaridades na resposta imune com COVID-19 com severidade do espectro de tuberculose assintomática ou sintomática.

O estudo tem como primeira análise os efeitos biológicos da interação COVID-19 e TB, avaliando a resposta imune específica para cada um deles independentemente. O estudo mostra que a tuberculose reduz significantemente a resposta específica do SARS-COV-2 em pacientes com coinfecção TB-COVID-19.

A resposta imune na tuberculose envolve tipicamente células T, principalmente CD4. COVID-19 é caracterizado por linfopenia que é considerada marcador da severidade da doença.

International Journal of Infectious Diseases

Coinfection of tuberculosis and COVID-19 limits the ability to in vitro respond to SARS-CoV-2

DOI: 10.1016/j.ijid.2021.02.090