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10 Jun 2021

Atualização Gadolineo Intravenoso

USO INTRAVENOSO DO CONTRASTE BASEADO EM GADOLÍNIO EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL: DECLARAÇÕES DO CONCENSO DO AMERICAN COLLEGE OF RADIOLOGY AND THE NATIONAL KIDNEY FOUNDATION

 

Estima-se que aproximadamente 50 milhões de doses de contraste baseado em gadolíneo ( GBCM) são injetados anualmente, e desde 1988 mais de 500 milhões de doses foram administradas em todo mundo. Os exames de ressonância magnética com GBCM são realizados por muitas indicações clínicas, e não são utilizados, ou mesmo não indicado naquele momento, em pacientes com alterações da função renal devido a preocupações com eventos adversos incluindo fibrose sistêmica nefrogênica e nefrotoxicidade.

 

Gadolínio , raro metal terrestre na série dos lantanídeos da tabela periódica, e tem sido utilizado com contraste intravenoso nos exames de ressonância magnética, por causa de sua força magnética, alterando assim o relaxamento da água de tal forma que pode permitir a distinção entre tecido normal e alterado em humanos. Gadolínio livre é toxico devido a insolubilidade, interações com processos cálcio dependentes, efeitos citotóxicos e de inibição dos monócitos. Para minimizar estes efeitos tóxicos, o GBMC é quelado com ligantes orgânicos, conferindo alterações nas propriedades farmacológicas e toxicológicas.  Muitos GBMC são distribuídos primariamente nos fluidos extracelulares, demonstrando pequena ligação proteica, e predominantemente excretado na urina por filtração glomerular. Contudo, alguns GBMC exibem pronunciando ligação proteica e/ou apresentam excreção parcial hepatobiliar.

 

Os GBMC são classificados como linear ou macrocíclico baseado na estrutura molecular orgânica ligante, e como não-iônico ou iônico baseado em sua mudança em solução. Em geral os GBMC macrocíclicos são termodinamicamente muito estáveis ( taxa baixa de gadolínio livre / gadolínio complexado ligante em equilíbrio) e mais cineticamente inerte (meia via longa por dissociação do gadolínio e seu ligante) que os GBMC linear,

 

Fibrose sistêmica nefrogênica ( NFS) é uma doença potencialmente desabilitante e algumas vezes fatal que ocorre quase exclusivamente em pacientes com AKI ( lesão renal aguda) ou severa CKD( doença renal crônica), neste último com taxa de filtração glomerular abaixo de 30 ml/min por 1.73 m2. Anormalidades cutâneas e subcutâneas , além de  achados oculares são comuns, mas a FSN também pode causar fibrose visceral (  pulmão esôfago, coração). O diagnóstico de FSN é uma combinação de história clínica, laboratoriais e  biópsia de pele.

 

O risco de NSF ou nefrotoxicidade seguida a administração do meio de contraste na dose indicada ( 0,1 mmol/kg) do GBCM do grupo II é extremamente baixa. O risco estimado para NSF para o grupo II GBMC em pacientes nos estágios 5 ou 5D da doença renal crônica podem ocorrer , mas é  raramente visto. Os danos de atrasar ou suspender a utilização do contraste GBMC do grupo II em pacientes com lesão renal aguda ou taxa de filtração glomerular inferior a 30mL/min por 1,73 m2 podem superar o risco de NSF, independente do estado dialítico.  A margem de segurança do GBMC do grupo II deve ser considerada com o dano potencial do diagnóstico tardio ou diagnóstico incorreto.

 

RADIOLOGY, NOV 2020

https://doi.org/10.1148/radiol.2020202903