A Covid-19 é uma doença predominantemente respiratória aguda causada pelo novo SARS-Cov2 (Severa Acute Respiratory coronavírus – 2).
Um subgrupo de pacientes com Covid-19 grave desenvolvem a síndrome de tempestade de citocinas (CSS) caracterizada por hiperinflamação devido ao rápido acúmulo de células T e macrófagos que resultam na liberação de níveis maciços de citocinas na corrente sanguínea para a eliminação do patógeno agressor, causando inúmeras manifestações clínicas, incluindo desconforto respiratório atípico e febre, progredindo para disfunção multissistêmica.
Há evidências que os trombos são a principal causa de disfunção de múltiplos órgãos, incluindo a falência respiratória em casos de infecção grave.
A presença de complicações tromboembólicas em pacientes com Covid-19, pode ser explicada, em parte, por relação causal de componente inflamatório e infecção.
As complicações neurovasculares da Covid-19 são comuns e variadas, incluindo infartos multifocais, múltiplas oclusões arteriais e/ou trombos intraluminais com ou sem fenômenos hemorrágicos que podem ser o resultado da combinação da síndrome de liberação de citocinas, culminando em alterações endoteliais, hipercoagulabilidade e  dano hipóxico-isquêmico da disfunção cardiovascular.
Vários fatores de risco são relatados como preditor de mortalidade ou resultados desfavoráveis, tais como: idade avançada, hipertensão arterial, obesidade mórbida, Diabetes Mellitus ou doença cardiovascular ou cerebrovascular pré-existente.

Fonte: https://doi.org/10.3174/ajnr.A6655

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