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28 May 2021

A moderna epidemia da Sífilis

A Sifilis foi primeiramente reconhecida na Europa no final do século 15, e a sua causa, uma  sub-espécie do trepanema palidum, foi identificada quatro séculos mais tarde. O advento da penicilina, junto com medidas de saúde pública, foi responsável pelo marcado declínio da sífilis nos Estados Unidos e Europa.

Hoje contudo, a incidência da sífilis nos Estados Unidos tem retornado a níveis não vistos nos últimos 20 anos, e numerosos casos são reportados pelo centro de prevenção e controle de doenças (CDC).

Desde o início do século XXI houve um aumento das taxas de sífilis primaria e secundária nos Estados Unidos, predominantemente em homens cerca de 86%, sendo que metade deles relataram ter tido relação homossexual e 42% estavam infectados com a imunodeficiência humana (HIV), denotando a forte associação entre sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis. Estudos recentes mostram que a taxa de sífilis na população feminina duplicou entre 2014 e 2018.

 

O T.pallidum dissemina em poucos dias após a infecção, resultando em invasão precoce de tecidos distantes incluindo o sistema nervoso central, e infecção transplacentária comprometendo o feto em mulheres gestantes. Este aumento na incidência comprometendo a  população feminina ocorreu em paralelo ao uso de metanfetamina, heroína ou outras drogas injetáveis ou que estes mulheres  fizeram sexo com pessoas que injetou drogas. O notável aumento do número de casos de sífilis primária e secundária entre mulheres na idade reprodutiva é espelhada pelo aumento de casos de sífilis congênita.

 

A maioria dos casos são diagnosticados por meio de testes sorológicos. O teste treponêmico específico é altamente sensível (VDRL – Veneral Disease Research Laboratory).

 

Vacinas para prevenção da sífilis são necessárias e  muitos progressos já estão sendo feitos neste fronte.

Houveram alguns estudos com o uso de doxiciclina profilática pode reduzir a combinação sífilis, gonorréia e clamídia em 73% em população de risco  com HIV. Futuros estudos podem ser necessário para estabelecer a utilidade de tais intervenções ou definição dos riscos associados ao uso de antibióticos, tais como resistência microbiana, ou alterações microbiome e suas consequências, no grupo de risco para sífilis.

Ghanem K. G, Ram S. and Rice P. A.  The mordern Epidemic of Syphlis :The New England Journal of Medicine, 382 ( 9), 845-854 2020

DOI: 10.1056/NEJMra1901593