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02 Dec 2021

Imagem de Glutamina

Gliomas são os tipos mais comuns de tumores cerebrais, e um diagnóstico correto depende da histologia e imagem.  Uma vez que a histologia pode identificar o grau do tumor, status IDH ( Isocitrato desidrogenase) e outros marcadores patológicos, e que requerem amostras de materiais, tornando-se impraticáveis para monitorizar o tratamento.

Recentemente, o tratamento direcionado para o metabolismo do câncer, combinado com o pobre prognóstico de gliomas de alto grau, necessitaram de novas estratégias de  imagens metabólicas não invasivas, capazes de classificar  os pacientes, monitorizando resposta ao tratamento e modificando prognósticos.

Glutamina é uma origem vital de nitrogênio para a produção de aminoácidos, nucleotídeos, ácidos graxos, e poliaminas necessárias para proliferação celular. Células cancerígenas têm alta demanda de nitrogênio, e com grandes estoques de glutamina permitindo a geração de  altas taxas de biomassas e o ciclo do ácido tricarboxílico ( TCA).

A ingestão de nutrientes incluindo glutamina por células não cancerosas é limitada pelo fator de crescimento. Em células cancerosas o aumento do consumo da glutamina é em parte facilitado por carreadores oncogênicos incluindo MYc, que é um fator de transcrição multifatorial e MTor que é uma proteína com papel central no crescimento, proliferação e manutenção das células. MYC aumenta a expressão do transportador da glutamina, modula expressão e ativa enzimas envolvidas na síntese das purinas e pirimidinas. A reprogramação do MYC precede as alterações observadas nas imagens de RM, observáveis no crescimento tumoral.

Devido ao papel demonstrado da glutamina nos gliomas, o metabolismo da glutamina é um alvo farmacológico emergente, e vários compostos direcionados à ingestão de glutamina ou enzimas envolvidas no catabolismo da glutamina estão sendo avaliados em ensaios clínicos. A glutaminase, enzima primária que cataboliza a glutamina nas células, é alvo importante no estudo para redução do crescimento dos gliomas. Em estudos em vitro a inibição da glutaminase mostra depleção de células de glioblastoma resistentes ao tratamento e subsequente redução da glutamina tumoral. Identificar pacientes com alto nível de glutamina tumoral pode ajudar no prognóstico e estratificação de pacientes, particularmente para tratamentos emergentes tais como inibidores das vias da glutamina.

 DOI: https://doi.org/10.3174/ajnr.A7333