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06 May 2021

Hiperbilirubinemia x Apendicite Complicada

A hiperbilirubinemia tem sido encontrada no curso de várias doenças de diferentes

órgãos, além do fígado. Neonatos são mais suceptíveis para desenvolver

hiperbilirubinema pós infecções por bactérias gram negativas.

Infecções graves intra-abdominais em adultos também podem cursar com

hiperbilirubinemia.

O apêndice é importante na prática médica devido a sua propensão à inflamação,

resultando em apendicite aguda. Apendicite comumente ocorre em adultos jovens, com

alta incidência aproximadamente 40% na segunda década 10-19 anos e 70% dos

pacientes estão na faixa etária abaixo de 30 anos. Apendicite é relativamente raro na

idade avançada.

Muitos pacientes com apendicite aguda apresentam-se com sinais e sintomas clássicos

que facilitam a identificação desta entidade. Mas em algumas apresentações atípicas

confunde o diagnóstico e podem ocorrer atrasos no tratamento. Doença de Crohn,

gravidez ectópica, diverticulite, endometriose, síndrome inter-mestrual ou Mittelschmerz,

adenite mesentérica, torsão omental, doença inflamatória pélvica, ruptura de cisto

ovariano, infecção do trato urinário podem mimetizar apendicite aguda.

A taxa mundial de erro para identificar apendicite aguda é de 12 à 23% e 24 à 42%,

respectivamente em homens e mulheres.

Apesar dos inúmeros avanços no diagnóstico nos últimos 125 anos, ainda hoje a

apendicite aguda continua sendo um desafio diagnóstico para cirurgiões e permanece

principalmente um diagnóstico clínico.

O objetivo do estudo é avaliar o papel diagnóstico e o valor preditivo de níveis elevados

de bilirrubina sérica total como parâmetro diagnóstico para apendicite complicada (

gangrenada ou perfurada).

O estudo mostrou que houve um aumento significativo em ambos os componentes da

bilirrubina total, ( direta ou indireta), em indivíduos com apendicite gangrenada/perfurada,

com sensibilidade em torno de 91% e especificidade em 88%.

O aumento do nível de bilirrubina sérica em indivíduos com apendicite aguda deve ser

considerado como tendo maior probabilidade de complicação ( gangrena ou perfuração).

Juntamente com os achados clínicos e testes laboratoriais de rotina, a presença da

hiperbilirrubinemia seria um parâmetro que nortearia o diagnóstico e tratamento precoce

de indivíduos com apendicite aguda complicada.

O papel da hiperbilirrubinemia seria como um novo marcador de apendicite

complicada e poderia auxiliar, particularmente, nas seguintes situações:

1- Áreas de poucos recursos cirúrgicos (navios, montanhas, áreas remotas) nos

casos suspeitos de apendicite aguda com nível elevado de bilirrubina,

procurariam serviços que disponibilizem tratamento cirúrgico o mais precoce

possível.

2- Na apresentação atípica da apendicite aguda, a hiperbilirrubinemia poderia

indicar a suspeita clínica de apendicite complicada.

 

http://ctri.nic.in/Clinicaltrials/pdf_generate.php